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Jeremy Edric Mellario

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Mensagem por Jeremy Edric Mellario Ter Abr 16, 2013 8:48 pm

Depression - Class A
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Nome: Jeremy Edric Mellario
Idade: 16 anos
Data de nascimento: 13/07/1996
Filiação: Elizabeth Mellario (pai desconhecido)
Tipo sanguíneo: A+

Descrição física: Tenho 1,74m de altura; cabelos dourados; porte físico avantajado; e peso em base.

1) Com qual patologia você foi diagnosticado? Depressão Nervosa

2) Qual foi à primeira vez que notaram algo de diferente em você? Disserte. Quando sumi de casa por cerca de um mês. Foi um episódio engraçado, se quer saber. Christofer tinha as drogas e eu tinha o tempo, então saímos para um passeio na parte alta da cidade. Lembro-me de ter ficado realmente chapado, espancado um cara até a morte e também de ter pegado algumas garotas. Mas você não vai querer saber os detalhes; não importa. Ao chegar em casa, e tive que pular a janela, minha mãe estava ocupada com um cliente e acho que não percebeu quando ocupei o quarto. Depois, bem depois mesmo, disse algumas coisas sobre eu ser um drogado infeliz e doente, mas é normal.

3) Você sempre teve uma relação estável com seus pais? Se a resposta for negativa, justifique-a. Não. De que pais você está falando? Elizabeth é minha mãe, porém passa mais tempo com seus clientes do que comigo. Às vezes acho que meu pai é um dos clientes dela, um dos caras que a olham como quem observa um pedaço de carne depois de meses sem ingerir algo sólido. Eles só querem sexo e ela só quer o dinheiro, faz sentido. Não conversamos muito, é como se estivéssemos em mundos diferentes e nada importa.

4) Na escola você sofreu algum tipo de bullying? Qual? Não; as pessoas não prestam muita atenção em mim, tanto faz estar presente ou não. Cursei meus estudos até o ensino fundamental, mas fui expulso após ter sido pego fumando na sala do diretor.

5) Você concorda com a opinião médica sobre seu quadro clínico? Justifique sua resposta. Talvez sim e talvez não; não sou nenhum médico para dizer um diagnóstico correto. Mas, se interessa tanto assim, pode perguntar a um dos homens de jaleco branco. Aposto uma nota alta que ele deve saber mais do que eu.

6) Faça uma narração onde suas patologias são identificadas. Exemplo.: Agindo como cleptomaníaco, depressivo, dentre outras patologias.

Subindo e subindo, estou cada vez mais alto. Levei o cigarro até a boca e traguei-o mais uma vez, a sensação é maravilhosa. Os anéis de fumaça flutuam ao meu redor, e talvez eu também esteja flutuando com eles. Olhei para o lado, onde fica meu guarda-roupa, e notei que aquele era o último de meus cigarros do estoque. Eu poderia comprar mais, porém faltava-me o dinheiro e Elizabeth se recusava a me dar um pouco do que obtia em seu trabalho honesto. Ri e fechei os olhos, pensar em minha mãe fazendo um trabalho honesto... Só podia ser piada. Uns homens tinham vindo me visitar no início da tarde, eles eram duas vezes mais alto do que eu e se vestiam como quem está de saída para um enterro. Falaram-me que aquilo, a coisa que vestiam, se chamava ‘terno’ e eu comecei a rir de suas caras. Acho que não foi à coisa certa a fazer, pois me olharam esquisito; como todos costumavam olhar. Às vezes me pergunto se não tenho algum problema, algo que faça com que as pessoas se afastem de mim tão facilmente. Não sou eu que as afasto, com certeza. Olhe para mim, tatuado, com alargador na orelha e sempre um baseado a mão. Sou o tipo de pessoa que alguns implorariam por ter a amizade, sem dúvida. Mas isso não importa - nada importa quando tenho a mim mesmo como companhia. Torci os dedos e levei o cigarro mais uma vez em direção a minha boca, ainda de olhos fechados e sorriso fraco. Amanhã vão me levar para uma nova escola, foi o que minha mãe disse. É uma espécie de reformatório para garotos problemáticos, um lugar onde posso me sentir em casa e na companhia de iguais. Acha que me engana, a prostituta. Como se eu não soubesse que estou indo para uma casa de loucos e que ela não vê a hora de se ver livre de mim; não que vá me fazer falta. Ficar ou ir, ambas as opções me parecem exercer o mesmo significado sobre minha vida. Eu fico e passo o resto da vida não me importando com nada, só rindo da cara dessas pessoas que querem ser legais. Eu vou e talvez tenha mais pessoas de quem tirar sarro, uns depressivos que ficam em casa fumando até que seu pulmão pare de funcionar. Voltei a rir, estou rindo tanto que engasgo com a cinza do cigarro e começo a tossir em direção ao chão. Curvei-me e a risada continua, é tão alta que abafa os gemidos do andar debaixo. É sempre assim, mas não é como se eu desse a mínima importância para qualquer uma dessas coisas. Eles que se fodam, é o que digo.
Jeremy Edric Mellario
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Class A
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