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Veronica Herrera Deville

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Mensagem por Veronica Herrera Deville Ter Abr 16, 2013 11:07 pm

Nome: Veronica Herrera Deville
Idade: 17 anos
Data de nascimento: 13.NOV.1995
Filiação: Hector Ames Deville e Amélie Herrera Deville
Tipo sanguíneo: +O negativo

Descrição física: 1,55m de altura, feições normais, cabelos loiros, olhos azuis cinzentos e pele alva.

1) Com qual patologia você foi diagnosticado?
Psicopata e dupla personalidade (Veronica e Prudence)

2) Qual foi a primeira vez que notaram algo de diferente em você? Disserte.
Quando eu passei a tarde inteira fitando a prateleira de bonecas de minha falecida irmã Prudence, cinco dias depois que ela morreu. Nem meu pai e nem minha mãe conseguiram me retirar do cômodo neste dia, e nos dias que se prosseguiram eu passei a frequentar algumas vezes por dia o recinto onde minha irmã mais nova dormia antes de perecer, então a primeira das oito bonecas de porcelana de minha irmã apareceu com a cabeça raspada e um pedaço do véu cobrindo sua cabeça. Ela era minha primeira vítima. Eu ainda tinha dezesseis anos quando aconteceu.

3) Você sempre teve uma relação estável com seus pais? Se a resposta for negativa, justifique-a.
Nem sempre. Muitas vezes eu e minha irmã os pegamos brigando no meio da noite enquanto eles achavam que dormíamos, e então isso acabou por conturbar o casamento deles, justamente quando minha irmã mais precisava deles no estado crítico de sua doença. Com isso eles acabaram esquecendo de que ela necessitava de ajuda e eu passei a ter uma relação ruim com os mesmos, e logo após a morte de Prudence isso ficou bem pior, pois eu já culpava-os pela morte dela e a falta de assistência que deram a menina. Minha relação com eles não era mais a mesma.

4) Na escola você sofreu algum tipo de bullying? Qual?
Não, nenhum. Na verdade, minha relação com as demais pessoas fora de casa foi muito boa, principalmente no ambiente escolar, onde tinha muitos amigos e todos me conheciam.

5) Você concorda com a opinião médica sobre seu quadro clínico? Justifique sua resposta.
Sim, reconheço minha situação e estou certa de que necessito de ajuda, pois meu problema não só atormenta os outros como atormenta a mim mesma.

6) Faça uma narração onde suas patologias são identificadas.

"Prudence?", exclamei olhando para as bonecas dela no meio da noite. "Vamos Ronnie.", Prudence diz. "Os cabelos dela são tão bonitos, não são?" Eu me encontro de pé, fitando a primeira boneca desta vez e vendo a semelhança de seus cabelos com os da pessoa que Prudence chamava em minha cabeça além de mim mesma. Eu estava com um punhal feito completamente de platina em minha mão, por ordens dela, de Prudence. Eu ainda não sabia porque, entrementes eu estava disposta a fazer qualquer coisa pela minha irmãzinha, por mais que seja maluquice de minha parte; pois eu sei que ela está morta. Fisicamente, pois ela se mostrou viva em minha cabeça, depois de passar cinco dias inteiros ali. Eu senti várias pontadas fortes em meu crânio e eu sabia que era ela querendo entrar, quando eu tentava bloquear a minha mente e esquecer que tive uma irmã mais nova. Mas ela entrou. A menininha de treze anos, morreu tão jovem. Morreu de uma doença rara e perdeu todo o cabelo. Agora ela quer vingar as bonecas nas paredes, mas não sei se posso fazer isso e ela está sentindo a minha relutância. Agora sua voz abandona o tom rancoroso para tomar uma voz suave que usava quando se sentia mal ou ameaçada. "Elas estão zombando de mim, Ronnie". Meus olhos se enchem de lágrimas. A primeira boneca possuía os cabelos tão pretos que a luz da luz pareciam ser azul marinho, de fios finos e lisos, leves; e ela possuía um sorriso sutil na face. Um sorriso zombeteiro. Ela está rindo de Prudence, e por isso ela deve acabar do mesmo jeito que minha irmã havia perecido, de modo tão indigno e humilhante. Pego boneca e saio dali, ainda carregando a adaga fina de platina, e o véu.

***
Desço as escadas e a chamo num sussurro. "Natalie?", Natalie é a babá e - eu não gostava de admitir isso - minha também, possui vinte e tantos anos, acho. Meu pai me achava muito nova para cuidar sozinha de Prudence, e de mim mesma para ser mais exata. Ele e minha mãe estavam cuidando das últimas papeladas e atestado de óbito da caçula e me deixaram com Natalie; para se certificar de que uma hora eu saia do quarto das bonecas. Estou com a adaga de platina escondida, com as mãos tremendo e estas se encontravam gélidas, dormentes até; e minha nuca está suando frio. Natalie se encontra na sala, e caminhava no corredor até o meu encontro, e até então eu não sabia como fazer isso. "Aconteceu alguma coisa, Veronica?", Nath me pergunta e minha garganta fica com um enorme nó; mas continuo caminhando até ela com meus olhos vidrados na face da baby sitter, que mantinha um semblante intimidado. "Meu pai está chegando?", questiono com a minha voz um tanto rouca e embargada, e Natalie nega para mim com a cabeça. Como vou fazer isso? Eu posso fazer isso? Eu não posso fazer isso, Prudence. Semicerro os olhos e começo a tremer, completamente frágil por dentro e por fora; e coloco minhas mãos em meus braços e começo a esfregar os dedos gélidos em minha pele. Isso não me faz eu me sentir melhor. A baby sitter olha para mim com uma face completamente intimidada e preocupada "Vee, o que você tem?". Mordo meu lábio inferior e apenas balanço a cabeça, me negando a dizer o que ocorre comigo. A moça me leva até a sala de estar, e fito suas feições pela primeira vez. Ela parece ter uma ascendência oriental e é muito bonita, com seus cabelos pretos e de brilho quase azul marinho.

A mesma vai até a cozinha e eu questiono minha irmã, com a adaga pesando em meu bolso "Não posso fazer isso, perdão.". Prudence usa um tom completamente desconhecido, quase psicopata e sanguinário de voz em minha mente "Você vai fazer isso, é ela que eu quero.". Nego com a cabeça e vejo Natalie voltar com um copo de água com açúcar em mãos, vindo até minha direção e seus cabelos negros assumem um brilho azul marinho com a luz fraca da sala e da lua que atravessa a janela. Balanço a cabeça negativamente e pego o copo de água com açúcar da mão da babá. Não consigo. "Você está melhor, Vee?", ela pergunta. "Ela está zombando de mim, Ronnie", o tom choroso de Prudence em minha mente novamente e desta vez não enxergo mais a face doce de Natalie e sim um sorriso zombeteiro. Ela está rindo de Prudence. "Fecha as persianas para mim, fazendo o favor, Nath? Não gosto da imagem lá fora", digo sem pensar. Prestativamente Natalie levanta-se do sofá ao meu lado e caminha lentamente até a janela; fechando as persianas pacientemente, e cobrindo completamente a imagem daqui de dentro para quem passasse lá fora. Levanto-me do sofá de supetão, soltando o copo de água com açúcar e derrubando-o no chão. Antes que Natalie vire para ver o que aconteceu, minha mão direita já portava o punhal de platina e esta bateu na nuca de Natalie, deixando-a tonta, mas não inconsciente. Sua firmeza oscila, mas quando a mesma vê a adaga em minha mão começa a reagir, segurando o meu pulso que portava a arma. Minha força inexplicavelmente estava maior, uma força minha que eu desconhecia. A força de Prudence e da raiva que crescia dentro dela agia em mim, o que me fez escapar do aperto da baby sitter e derrubá-la no chão. Não foi difícil, afinal ela estava zonza. Ela cai de borco no chão, e eu viro seu corpo enfraquecido pelo esforço de lutar comigo depois de receber uma pancada onde eu havia acertado. Quase o ponto certo, porém não era assim que eu queria matá-la. Prudence sentira várias pontadas no coração antes de morrer; ou melhor, apenas uma pontada. Seu penúltimo batimento cardíaco seguido de um grito foi o que denunciou a dor no seu coração, mais um batimento e ela morreu. Sento-me no abdômen de Natalie e prendo seus braços com os meus pés descalços, cravando a unha das minhas unhas bem feitas em sua carne, fazendo-a gritar com a pequena dor, comparada com a que viria. Minha mão esquerda imobiliza seu pescoço para que a cabeça fique presa ao chão. Meus dedos gélidos e dormentes ajudam e Natalie murmura num tom de quem pede piedade "Veronica, por quê?"; e eu apenas rio sadicamente enquanto ergo a adaga de platina acima de minha cabeça. A risada já não era mais minha, e minha voz parecia assumir um demoníaco som duplo, minha voz e a voz de minha irmã "Prudence gostou da cor de seus cabelos, Natalie" dizemos, e Natalie finalmente olha para a boneca de porcelana com a mesma cor de seus cabelos pousada na mesinha de centro. A luz do abajur da sala foi o suficiente para eu ver a vida abandonar seus olhos arregalados.

Quando meu pai e minha mãe chegaram, se depararam com o corpo inerte de Natalie na sala sem ao menos verem nada além do ferimento fino e mortal bem no coração da baby sitter, e correram ao meu socorro ali no segundo andar, mesmo sem eu tê-los gritado. Eu estava no quarto de Prudence novamente, fitando as oito bonecas. A primeira agora tinha os cabelos raspados e sua cabeça estava oculta por um pedaço do enorme véu. Meus pais sabiam que eu era a responsável, pois portava a adaga suja em mãos com um pouco do vestígio de sangue de Natalie, cravada apenas uma vez em seu peito, uma pontada apenas no coração antes de morrer, porém não me entregaram para polícia depois que eu comecei a chorar nos braços de meu pai e minha mãe, pedindo ajuda. Eles sabiam que eu estava mal, mas não exatamente que se tratava de Prudence, e se sabiam, não queriam me dizer. Como havia acabado a vida para Nath? Ela estava com os olhos vidrados e surpresos, o mesmo olhar quando viu a boneca com os cabelos da cor do seu; com apenas uma fileta fina de sangue escorrendo de um único ferimento que denunciava que o alvo de minha lâmina era seu coração, seus cabelos foram cortados com a minha adaga rente ao couro cabeludo e sua cabeça era oculta por um pedaço do véu. Agora meus pais me levam pro reformatório depois de muito trabalho para esconder o corpo. O que não sabem é que levo a boneca de cabelos preto azulados junto comigo, mais a adaga e o véu que cobriu o corpo de Prudence dentro do caixão em seu velório comigo para o reformatório. Junto dos meus pertences, estão as outras sete bonecas de porcelana com os cabelos intactos. E Prudence ainda não está satisfeita, e eu não estarei livre dela até que todas as bonecas que zombaram dela tenham o mesmo destino da primeira. O mesmo destino de minha irmãzinha.


OBS: A Ronnie começou em casa um ciclo de assassina em série, com um padrão de como suas vítimas vão morrer e de como os corpos serão achados. Mas esse padrão não é meu, é de um livro que eu li, e gostei. Só para não dizerem que é plágio ou coisa assim; dando créditos à Rosana Rios e Helena Gomes.
Veronica Herrera Deville
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